sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Como é? Seu Temer! Agora que eu comecei a bater, você vem falar em paz?




Durante anos, bem mais que os 12 de governo petista, a esquerda bolivariana bateu duro, em tudo que estivesse à direita do centro, e até no próprio centro. Bateu tanto, que criou um verdadeiro trauma: A direita sumiu, e o centro se travestiu de esquerda, adotando as cores e o discurso “politicamente correto”, e votando, talvez a contra gosto, todas as propostas da esquerda raivosa.
E assim, sempre em nome do “politicamente correto”, do “humanismo”, do “progressismo”, todos esses, rótulos vazios, aos quais a esquerda impingiu valor arbitrário, com o fim único   de constranger, com um falso consenso, aos que lhes eram contrários. Nada mais foi isso que a aplicação da “espiral do silêncio”. *(1), *(2)
O fato, é que funcionou muito bem, em alguns anos, liquidou do cenário político brasileiro a direita como um todo, e deslocou o centro para a esquerda, tornando-a hegemônica no congresso nacional. Assim, mesmo partidos que surgiram com vocação liberal, como o PP, gradualmente foram aderindo, para sobreviverem, ao discurso do PT. Mas, como a cópia nunca supera o original, esses partidos acabaram virando coadjuvantes, nunca lhes cabendo papel importante nas deliberações parlamentares, indo sempre a reboque dos principais da esquerda.
Porém, como afirma a sabedoria popular, “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”! E o PT, embriagado pelo poder, ávido de ganhos, tanto político quanto financeiro, e não tendo na realidade um projeto próprio de governo, dedicou-se a aplicar um projeto de poder, destinado a manter a camarilha petista solidamente incrustada no governo, em nome de um projeto de uma tal de “pátria grande” latino americana, nos moldes propostos por Fidel, Lula e outros próceres da esquerda, no famigerado Foro de São Paulo.
Foi uma jogada de mestre da esquerda! Liquidado o discurso de direita, conservador e liberal, pela aplicação do rótulo do “politicamente correto”, do “reacionário” e até do “porco burguês capitalista”, tornando assim indefesos os que poderiam, lucidamente, opor-se ao ideário falacioso da esquerda.
Bem, não vou continuar descrevendo o cenário! Vou diretamente ao ponto agora!
Finalmente, o bandido subestimou sua vítima, e o descalabro foi tão grande, que acordou, pelo susto e pelo desastre, aos que dormiam!
A leitura, talvez apressada, que a esquerda fez de Gramsci, e de Saul Alinsky, fez com que eles se precipitassem, e julgando que a “revolução cultural” já estaria madura, e que a ”cosmo visão” da sociedade já estava suficientemente modificada, partiram para os “finalmente”, antes que os “entretanto” estivessem de fato realizados. Esqueceram do conselho de Gramsci, de não ir rápido demais, nem tão devagar que não fizesse efeito! Quebraram a cara!
Para que realmente a sociedade aceitasse as mudansas que a esquerda pretende hoje aplicar, guela abaixo do povo brasileiro, ainda seriam precisos no mínimo outros 50 anos de doutrinação e aplicação da revolução cultural, e das “regras para radicais” se Saul Alinsky! Ou seja: quem nunca comeu melado...!  Podemos também dizer, “o apressado come cru”!
Como resultado da forma desajeitada como o PT lidou com essa questão, a direita política brasileira obteve uma oportunidade de “ressuscitar”, não por suas lideranças político partidárias, mas por cidadãos comuns, que talvez por falta dessa “cultura” gestada a partir dos “intelectuais orgânicos” das universidade, ignoraram o “politicamente correto”, mandaram a esquerda ir catar coquinho, e sem nenhuma vergonha, começaram a dizer, com todas as letras, que não concordavam com as teses esquerdopatas, que eram contra, e que tinham todo o direito a ter uma opinião divergente!
A partir daí é que surgiram lideres políticos, que podem agora, já que não há mais por que se envergonharem de suas posições à direita do centro, conservadoras ou liberais, e mesmo os poucos que se posicionam na extrema direita do universo político, pois o “politicamente correto” morreu, e foi enterrado ao som dos “panelaços” e dos gritos da urbe agora esclarecida!
Sempre se soube que a minoria organizada é que conduzia o “processo”, o problema da esquerda agora é que finalmente a maioria é que se organiza! E a maioria tem, até por culpa do PT, horror a tudo que vem da esquerda...

Gil Celidonio Jr.

O Zumbido da mosca, 07 de Agosto de 2015.

*(1) Espiral do silencio, Olavo de Carvalho

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